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Ironita Mota
quarta-feira, 1 de março de 2023
O Castelo do Vale - Livraria dos Escritores GAEB
domingo, 5 de fevereiro de 2023
Flor e Amor ... Pura Poesia Flor y Amor...¡Pura Poesía! - Livraria dos Escritores GAEB
terça-feira, 27 de dezembro de 2022
quarta-feira, 21 de dezembro de 2022
BOCA VERMELHA
Desenhos espalhados no chão, tintas derramadas, pincel caído e em um tripé tampado com um pano branco. Fiquei por um bom tempo olhando e imaginando que pintura estaria ali. Não queria ser atrevida, mas a curiosidade me dominou; fui abrindo lentamente aquele pano, de baixo para cima, e me deparei com uma bela pintura, em uma tela de mais ou menos dois metros de altura por um metro de largura.
O desenho, uma bela BOCA vermelha, da cor da paixão. Fiquei por um bom tempo ali, em frente à tela, imaginando e me perguntando como alguém tivera a ideia de pintar uma BOCA, só uma BOCA, em uma tela tão grande! Havia uma pequena varanda cheia de poeira, mas com vista de tal beleza que parecia imaginária, de onde se via toda a cidade e um bosque ladeando de um lago, com uma rua estreita, mas que as pessoas iam e vinha sem parar.
Passando os olhos pelo local, vi um casal sentado de um modo estranho. Ambos estavam sentados de costas e calados, praticamente imóveis. Pensei: “Devem estar descansando”. Um estava colado nas costas do outro, mas de repente, levantaram-se e saíram, um para cada lado, sem se falarem e sem nem mesmo se despedirem.
Como não entendi nada, sacudi a cabeça, balancei os ombros com sinais de dúvida e saí dali. Desci uma pequena escada, encontrei uma cozinha com uma pia cheia de copos sujos, chão com cesto de lixo caído, e o lixo todo espalhado. Olhei para a minha direita e vi um grande e belo quarto, com uma linda cama de casal. Aí sim, é que vi desordem total, não entendi nada, mas imaginei que alguém saíra dali, ou às pressas, ou muito triste... Sem pensar, comecei a arrumar a cama, peguei a manta que estava embolada e a estendi.
Cansei de tanto me abaixar para pegar roupas e colocar no cesto; sapatos e sapatos jogados. Nem sei o que me deu na teia, mas arrumei todo o dormitório, o que levou umas duas horas de meu precioso tempo. Fui para a cozinha e lavei todos os copos. Limpei o fogão, tampei e coloquei os copos limpos em cima da tampa.
Voltei para a sala, peguei os papéis e os guardei em uma gaveta de uma escrivaninha. Sentei-me em uma poltrona de couro marrom defronte à pintura; estava me sentido à vontade, como se ali fosse minha casa, admirando-a; acabei cochilando, encostei-me no braço do sofá e dormi, dormi um sono calmo, como há muito tempo não dormia. Quando acordei, já era noite. Saí correndo para casa, afinal, havia ido ali para ver um emprego, anúncio de um jornal, e quando cheguei à porta, havia um pequeno aviso: “Entre sem bater!”. Assim o fiz!
No outro dia, voltei, e voltei por vários e vários dias, sem nem um sinal de haver passado alguém por ali. Sempre que estava com poeira, eu limpava. Acabei deixando aquele apartamento em total organização. O prédio era pequeno, velho, sem porteiro. Nem o portão fechava, tornando com isso minha entrada livre. Arrumei um emprego, mas em todo o final de tarde ia lá, nem que fosse só para dar uma olhadinha, principalmente na tela. Não me cansava de olhar os detalhes daquela pintura.
Por passar horas e horas naquele lugar, tomei a liberdade de fazer café e, às vezes, me preparar algum lanche. Era até bom, assim tinha o que fazer e deixava o apartamento com vida. Também ficava uma boa parte do tempo apreciando a bela vista da sacada, e até me esquecia de lavar a cafeteira e os copos, mas quando chegava no dia seguinte, cuidava de tudo. Fui ficando tão à vontade que até tirava una soneca naquela macia cama. Lavei todas as roupas, passei e as guardei. Eram tantas as coisas de luxo que havia naquele pequeno e simples apartamento que eu nada entendia!
Um dia, cheguei e, como de costume, fui olhar a tela. Pregado com um alfinete no pano que a cobria estava um envelope. Dentro, continha um bilhete que dizia: “Aqui está seu pagamento”.
Com aquele envelope nas mãos trêmulas, pensei: “Meu Deus, como isso veio parar aqui, se eu nunca vi ninguém neste apartamento”. Não sabia se tinha medo ou pavor, só sei que estava muito assustada! Fiquei parada, sem ação por alguns instantes, mas logo caí em mim e raciocinei que deveria sair dali logo, e sem levar aquele dinheiro, pois ele não era meu. Voltei para o lado da poltrona marrom e coloquei o envelope lá em cima.
Fui andando cuidadosamente para o rumo da porta, quando ouvi uma voz me perguntando:
– Você não vai trabalhar hoje?
Quase caí de tanto susto! Olhei para trás, e veio um jovem sorrindo e me dizendo:
– Pode se acalmar que eu não sou alma penada, sou de carne e osso e estou vivo. Pode pegar para você ver.
Convidou-me a sentar, e eu, sem nem um argumento contrário, sentei-me. Ele me explicou que era um pintor e que estava fazendo muito sucesso com sua boca vermelha. Disse, ainda, que vendia de cinco a seis telas por semana e que pintava uma por dia. Por isso, todos os dias, eu via a tela no mesmo lugar, mas, na verdade, era sempre uma nova.
Contou que, muitas vezes, a cafeteira e os copos sujos não eram deixados por mim, e sim por ele, que estava gostando da brincadeira e, por isso, sempre deixava tudo bem-organizado para eu não perceber que ele havia ido lá. Explicou que, durante o mês, sofreu e aprendeu muito, tendo que ser organizado e cuidadoso como eu. Assim, acertamos, e eu segui com minha rotina, indo todos os dias lá e fazendo toda a arrumação. Só que agora eu sabia que tinha um patrão e, por isso, tomava mais cuidado com tudo o que fazia, mas continuava com a preocupação e vivia me perguntando: “Como pode alguém só pintar BOCA?”. Minha rotina continuava, chegava e já ia correndo ver a tela e a tal boca, já nem achando mais graça, mas olhava assim mesmo todos os dias. Ele, eu nunca via, mas já percebia que havia estado ali.
Sentindo-me como se aquela fosse minha casa, passei a chegar bem cedo e só ir embora à tardinha. Ficava olhando a bela vista, as pessoas passarem, as crianças brincando, nos poucos brinquedos que havia no bosque; os pássaros fazendo suas fantásticas acrobacias, e assim me divertia tanto que nem o tempo passar eu via. Esperava o pôr do sol por detrás das árvores só pelo prazer de ver as cores do amarelado do sol se misturar com o verde das árvores, também seus raios sobre as águas eram de encantar qualquer olhar.
Assim, o tempo foi passando, e eu seguindo com minha rotina. Às vezes, imaginava: “Deve ser graça de DEUS, eu ter encontrado um trabalho bom assim, e ainda ganhar bem como ganho. Isso deve ser um presente que mereci”. Um dia, acabei acordando mais tarde, mas também isso nem seria problema, não tinha nada para fazer mesmo. Sai andando lentamente rumo à padaria onde todo dia passava para lanchar ou um lanchinho levar.
Entrei, comprei e segui... Chegando, levei um susto! Alguém, que não sei quem, havia lavado todos os corredores e escadas. Pensei: “Que bom, até o cheiro mudou!”. Subi com um pensamento: “Hoje, vou lavar as janelas, assim completo a limpeza que começaram”.
Logo no primeiro degrau, encontrei um senhor, que disse:
– Bom dia!
– Bom dia! – respondi.
Ele prosseguiu:
– Hoje o dia está lindo, não é, moça?
Olhei para os lados e para o lado do lago, vi que realmente o dia estava belo, respondi que sim, e subi. No segundo andar, encontrei uma moça, que me cumprimentou:
– Bom dia.
– Bom dia – respondi.
Ela continuou:
– Deus lhe dê muita sorte!
Nada entendi, mas fiquei assustada. “Meu Deus, nunca vi ninguém por aqui neste horário e muito menos me cumprimentando e até me desejando boa sorte, eu hein!...
Em meio a tantos absurdos, segui e cheguei à porta. Olhei, e tudo estava igual.
– Ainda bem – falei para mim mesma.
Imaginei que estivesse como sempre esteve todo o tempo, aberta. Levei a mão à maçaneta para abrir, mas, para minha surpresa, estava trancada. Entristeci-me, afinal, eu nunca tive chave, e nem precisava, a porta ficava sempre aberta. E agora? Será que tudo acabou? Teria ele vendido o apartamento e se mudado, sem nem mesmo me avisar?
“Só pode ter feito isso, esse moço é todo cheio dos mistérios, mas vou tocar a campainha. Vi aquelas pessoas saindo, devem ser daqui e, certamente, deve ter mais alguém na casa para me dar alguma explicação”, pensei. Apertei a campainha, mas como nunca a havia apertado, não tinha percebido que ela não funcionava. Então, só me restava bater na porta, mas estava muito pensativa, e até minhas atitudes falharam.
Sentei-me no degrau da escada, coloquei as mãos no rosto, pensando: “E agora?...”. Já sentia saudade da pintura, ou seja, daquela boca e daquele jovem pintor, que só vira uma vez. Parece que sentia sua falta, mas falta, como? Se só o tinha visto uma vez, meu Deus?! “Estou é ficando louca... Como sentir falta de algo que nunca tive?”. No entanto, eu sentia a perda. Naquele momento, senti que eu estava era apaixonada por aquele homem e falava pra mim mesma:
– Mas como? Deve ser do meu imaginário, acho que tudo isso aqui é um sonho!
Meio atordoada, levantei-me, tomei coragem e bati na porta. Sem demora, ela se abriu. Eu tremia tanto que nada via nem ouvia; desesperada, perguntei:
– Quem está morando aqui?
E só ouvi a resposta:
– Calma, tudo está em ordem, só fechei a porta pra te fazer uma surpresa, mas entre e veja...
Quando entrei, fiquei mais uma vez sem nada entender, a sala estava decorada com muitas e muitas rosas vermelhas; tinha pétalas por todo o chão. Vasos com rosas, rosas penduradas, enfim, rosas por todos os cantos, nem espaço para andar tinha, o único espaço bem no meio da sala, estava ocupado por um dos quadros da BOCA VERMELHA. Fiquei assustada e pensei muito rápido: “Este cara é louco! E agora o que faço?”
Meus sentimentos se misturaram entre pavor e paixão, mas ele, percebendo meu desespero, começou logo a falar:
– Não se preocupe, eu não sou doido, sou um jovem de família de classe média-alta, estudante... Nem pintor eu era, só comecei a pintar depois de um sonho, e esse sonho me mandou pintar esta BOCA e ainda me dizia: “Esta BOCA te dará fortuna e felicidade!”. No sonho, vi direitinho este prédio e este apartamento. Por isso, estou aqui. A BOCA, eu sempre pintei e nunca errei, nem sequer um detalhe, também não tinha como, se todos os dias ela aparecia em meus belos sonhos, e só naquele dia em que te vi, descobri que a minha BOCA era a sua BOCA!
Fiquei por um instante, ali, parada, mas ele não esperou muito, passou-me o batom da cor da pintura, mostrou-me o espelho, e me disse:
– Agora você entendeu que para eu viver e ser feliz, só preciso de sua BOCA...
Naquele momento, entendi todos os mistérios que havia entre nós! Dei mais uma olhada naquela tela, ele pegou em meu rosto, olhou para minha BOCA e sussurrou:
– É realmente linda!
Sem pensar em mais nada, em meio àquelas rosas vermelhas, cujo perfume exalava em todo o ambiente, beijamo-nos loucamente! Apaixonadamente!
segunda-feira, 12 de dezembro de 2022
O Menino e o Gigante - Livraria dos Escritores GAEB
A menina Majuí na Floresta brasileira - Livraria dos Escritores GAEB
domingo, 11 de dezembro de 2022
A Coletânea 4a GAEB - Poesias - Livraria dos Escritores GAEB
sexta-feira, 9 de dezembro de 2022
Conto: O Pinheiro Encantado
Ele não entendia porque só aquele pinheiro nunca crescia, apesar de seus cuidados, e ele imaginava, acho que este pinheiro não cresce é de tristeza, pois dona IRONDINA quando- o plantou disse:
--Você será o pinheiro, mas bonito da região, pois irei decorá-lo com muito amor e carinho, em todos os Natais de nossas vidas, e você vai encantar as crianças daqui de casa, as dos vizinhos e das visitas. Mas o destino a levou daqui antes que ele crescesse, e com a ida dela acho que ele perdeu o entusiasmo. Em um daqueles dias, olhando para frente da casa o fiel zelador continuava a pensar, - pensar era só o que ele poderia fazer, pois vivia sozinho a quatorze anos. Pensava que a casa precisava de reforma, ou pelo menos uma pintura. O tempo, o sol e a chuva estavam deixando-a em ruínas, só a frente da casa continuava bonita, por ter a parede revestida em pedras, o restante das paredes eram pintadas de azul, e a cor já quase nem se via mais. A dedicação do senhor DICO era tanta que em um dia destes, especialmente, naquele dia ele logo se lembrou de entrar e arrumar os quartos, e como sempre parece que ele não imaginava que as crianças já haviam crescido, trocava as velhas roupas de cama, tirava o pó dos moveis, passava o pano úmido no assoalho desbotado, colocava os carrinhos em ordem e a bola em um cesto atrás da porta, em seguida ia para o quarto das meninas e fazia a mesma coisa. Em cima das duas camas, colocava as bonecas e os ursinhos de pelúcia, os quais estavam amassados e encardidos pelo tempo.
Terminou a limpeza do quarto dos patrões, também colocando o tapete cuidadosamente no lugar, os chinelos de dona IRONDINA e do senhor Eurípides na posição correta para descer-se da cama.
Terminando suas tarefas, trocou a água e as flores dos vasos, escolhendo e colhendo-as no jardim com muito cuidado e carinho. Em seguida fez seu pequeno almoço e após a refeição foi rumo a gruta, onde havia uma pequena mina de água, a mesma que abastecia a casa. Era lá que ele mataria a saudade das crianças, por ser o lugar preferido delas, pois havia muita sombra e vários lugares para brincar de esconde-esconde. Além dos pés de cajuzinhos que eles encontravam no caminho, andando lentamente ele começa a recordar, como se fosse realidade, lembra-se das crianças correndo e gritando, e da pequena GLEICY KELLY que na época só tinha três aninhos, e não soltava sua mão, e sempre, dizia:
--Eu não vou correr senão eu caio ne tio Dico. --e ele:
--É princesa, vamos devagar pra você não se machucar. --com as lembranças ele andou por toda área do terreno que era um alqueire e meio. Voltou a casa, pois já estava tarde e ele ouvia vozes, era um fazendeiro que de vez em quando passava para ter um dedinho de prosa com o Senhor DICO, tomar um copo de água e uma xícara de café. Também já aproveitavam para pôr os assuntos em dia, ao entrarem, sentaram-se na varanda, que era bem arborizada, com várias samambaias e outras belas plantas penduradas, as quais dava ao ambiente. Um ar fresco e uma beleza que encantava a todos que ali sentavam, conversaram e tomaram café, até bem tarde, tão tarde que o Senhor Joaquim se assustou, quando viu que havia escurecido e ele precisava ir- se embora. O Senhor DICO insistiu para que ele dormisse e fosse de manhã, mas ele não podia, pois Dona Madalena, sua esposa, ficaria muito preocupada, mas mesmo assim ele esperou o Senhor DICO esquentar o jantar e passar um Café quente, com isto, deu tempo para o Senhor Joaquim perguntar pelos patrões do Senhor DICO, e ele respondeu o de sempre, desde que eles viajaram eu não tive nenhuma notícia, continuo aqui cuidando de tudo, mas as vezes acho que eles não voltam mais, ou pelo menos não me encontrarão vivo, o que seria uma pena, pois gosto muito deles e sinto muita saudades de todos. E como o senhor que vivia solitário, não tinha muito assunto e o jeito era repetir os mesmos de sempre, fala sobre seu pagamento, diz que ele recebe no correio, e depois já passa no armazém para fazer suas compras e sempre lamenta por não receber nem uma cartinha dos patrões, pois já que ia ao correio depositar o dinheiro, porque não desperdiçar um pedacinho de papel com uma cartinha para ele, mas mesmo assim, ele gostava tanto daquela família que justificava dizendo:
--Acho que eles não me escrevem por saberem que eu não sei ler, mas se eu tivesse o endereço deles iria pedir o senhor João do armazém para escrever uma carta a eles e explicar que poderia escrever que eu pedia alguém pra ler para mim. Assim eu não me sentia tão sozinho. Principalmente quando o Natal se aproxima como agora, que além da saudade ainda tem a solidão.
--Imagine! O senhor na noite de Natal aqui sozinho, sem ao menos ter alguém a quem desejar-lhe um feliz Natal, só vendo as luzes e os fogos iluminando toda a região. --O senhor Joaquim aproveitou a oportunidade e o convidou para passar o natal em sua casa, e ele contente, ficou de pensar.
Os dois se despediram e o Senhor DICO entrou, ligou seu velho rádio de pilha, deitou -se no antigo sofá da sala como o de costume, mas isto não seria novidade, ele sempre adormecia ali curtindo sua solidão e ouvindo uma boa música caipira, e só acordava de manhãzinha com o cantar dos pássaros ou no meio da madrugada com a coruja que dormia em um mourão velho, bem na frente da casa. O senhor Dico tinha aquela coruja como sua amiga, e dizia_ em pensamento: “É coruja você é a única que se preocupa comigo e com minha coluna, parece que sabe que estou no sofá e precisa me acordar para que eu vá pra cama.
Mas naquela mágica noite tudo parecia diferente! Á solidão e a melancolia daquele dedicado senhor estava maior_ o deixando mais tristonho. Porém, ele com seus pensamentos! Pensou em voz alta dizendo:
--Devo estar assim é porque conversei com o senhor Joaquim.
Assim ele acabou adormecendo...
Mas como aquela noite realmente, era noite de mistérios o Inesperado aconteceu! O Senhor DICO_ acordou no meio da madrugada com um grande SUSTO, um susto tão grande que ele por alguns instantes ficou mudo, pois acordou com a casa cheia de gente, e com dona IRONDINA olhando para ele e sorrindo.
Quando ele se despertou completamente, e passado o impacto do susto, dona IRONDINA disse lhe:
--Senhor DICO que saudade e que alegria por estarmos juntos novamente.--após um grande abraço, um café reforçado, eles foram conversar na varanda tomando o ar fresco da noite, e apreciando as belezas do jardim, o perfume das flores que o vento suavemente o fazia adentrar - se no ambiente e em suas narinas, além de pequenos ruídos de animais ou de algum pássaro que dormia nas árvores ao redor da casa, e que de vez enquanto interrompia o silêncio daquela mágica madrugada, a qual já estava sendo interrompida, com perguntas e respostas acumuladas há tanto tempo, que não daria para esperar o amanhecer, ou pelo menos dizer as mais importantes.
Com a curiosidade de Dona IRONDINA em saber de seu pinheiro, logo ela lhe perguntou:
--Senhor DICO, e o Jardim como está? --mas antes mesmo que ele respondesse a primeira pergunta, ela já fazia a segunda.
--E o pinheiro, está grande? —ele respondeu que está em ordem, e com a voz calma como sempre, disse:
--O jardim está lindo e com todas as roseiras floridas, como a senhora já deve ter percebido pelo cheiro, mas o pinheiro não cresceu nada, acho que ficou triste com sua falta, pois o que adiantaria ele crescer se a senhora não estivesse aqui para decorá-lo como lhe prometeu.
Ela respondeu sorridente:
--Então se alegrem e vão dormir, amanhã vocês conhecerão o milagre do amor! Ele vai amanhecer bem grande, tão grande que vocês ficarão espantados com o milagre. E eu o decorarei somente com bolas douradas, em forma de coração, ele será o pinheiro mais lindo que todos vocês já viram e ouviram falar em todas suas vidas, e em todos os Natais, de ontem, de hoje e de todo o sempre. Os filhos de Dona IRONDINA e do senhor Eurípides já crescidos e brincalhões, sorriram e disseram-lhes:
--Vamos dormir e acordar, ou seja levantar bem tarde. Dona IRONDINA disse, pois eu vou dormir e levantar-me bem cedo, para ver o jardim, o pomar e em especial o meu pinheiro.
Deitaram todos e dormiram o sono dos Anjos, menos Dona IRONDINA, que ansiosa para o dia amanhecer, já nem dormiu, passou o resto da noite na janela olhando e apreciando o silêncio daquela saudosa madrugada e de vez enquanto algum ruído de pássaro vinha lhe trazer na mente o quanto a vida ali tinha valores incalculáveis.
O senhor DICO levantou as sete horas da manhã, com o coração cheio de alegria pois depois de tanto tempo novamente ele poderia arrumar a mesa e preparar o desjejum da família, logo imaginou vou primeiro ao pomar colher algumas frutas fresquinhas para deixar a mesa farta e bonita, como ele era acostumado a viver pensando, pensou e lembrou-se das palavras de Dona IRONDINA ainda recentes em sua mente e decidiu passar pela frente da casa só para dar uma olhadinha no pinheiro, e mais uma vez ficou estremecido, não acreditava no que via! Lá estava Dona IRONDINA debaixo do pinheiro que tinha crescido tanto que sua patroa estava de pé debaixo dele sem que sua cabeça tocasse suas folhas.
O que ele via em sua frente até parecia uma miragem, o pinheiro além de grande, estava com as folhas tão verdes, que brilhava com o sol, que batia suavemente em seus galhos. Dona IRONDINA pediu ao Senhor DICO que convidasse todas as pessoas da região, principalmente as crianças, para vir cear com eles naquele Natal e ver o pinheiro decorado.
Assim à noite estava lá, todas as luzes, brilhando e refletindo por todos os cantos do jardim, lotado de gente e com muitas crianças, todas pessoas felizes, sorrindo e Encantadas, e só ouviam sussurros, pois todos estavam assustadoramente encantados com a deslumbrante beleza daquele pinheiro e diziam baixinhos, é um milagre, o milagre do Amor, que só se explica e podemos comemorar com o nascimento de Jesus.
Ironita Mota
quinta-feira, 8 de dezembro de 2022
quarta-feira, 7 de dezembro de 2022
Kit Livro shalinha e a bonequinha de pano - Livraria dos Escritores GAEB
Vamos Poetizar
Queria um amor
Queria um amor que: não me fizeste chorar e sim cantar. Queria um amor que: jamais colocasse uma lágrima em meus olhos, e sim um sorriso em meu olhar.
Queria um amor que: levasse-me para tomar banho de cachoeira, correr na relva e ver os pássaros cantar.
Queria um amor que: não me deixasse ver o tempo passar, e só o momento me interessar.
Queria um amor que: Juntos pudéssemos caminhar rumo ao futuro, e com muita sabedoria, à velhice chegar.
E enfim! Queria um amor que: tivéssemos Discernimento para encontrar a paz, e a felicidade,que este amor pudesse nos dar.
terça-feira, 6 de dezembro de 2022
Poesia!
Sábio é quem vê a vida; como presente de Deus. Sábio é aquele que procura ajudar e não ajuda buscar. Sábio é aquele que
está sempre em busca do conhecimento, sem dele se exaltar.
Sábio é aquele que dá amor ao mundo...
Sem nada dele cobrar. Sábio é aquele que não pede, mas sabe agradecer cada grão de amor e recompensa, que está sempre a ganhar. Assim, procuro ser; não sei se sou; ou se um dia serei!
Sabio
Sabio es quien ve la vida, como regalo de Dios.
Sabio es aquel que busca ayudar y no ayuda buscar. Sabio es aquel que está siempre en busca del conocimiento, sin exaltarse.
Corujas Coloridas - Livraria dos Escritores GAEB
A Formatura da Lagartixa - Livraria dos Escritores GAEB
domingo, 4 de dezembro de 2022
Agradecendo aos leitores de todo Brasil!
Amigos,professores e leitores de todo Brasil, estou usando esta foto representativa para finalizar o ano agradecendo a Deus e à todos vocês pelo sucesso de minhas vendas em uma média de números de exemplares,
começando pelas escolas de Iporá com uma média de 300 exemplares, Escolas em Goiânia e Aparecida de Goiânia em média 1.300 exemplares, feira do livro de Brasília em média de 450 exemplares, bienal de São Paulo média de 480 exemplares, Salimp de Imperatriz média de 350 exemplares, bienal de Brasília média de 350 exemplares, bienal de Fortaleza mais 600 exemplares, vendas pelas Internet 216 exemplares, também teve a festa de maio que não me lembro o número de exemplares vendidos.
Totalizando mais de 3 mil exemplares em 2022, ainda falta muito para que eu possa atingir meu objetivo e poder viver do livro com tranquilidade, isto porque vendo meus livros com bons preços, no entanto agradeço imensamente a Deus e à todos que pelo menos 1 exemplar de um livro meu adquiriu, e peço a Deus que continue me abençoando e abençoando a todos para que juntos podemos seguir nesta caminhada, a que para mim é motivo de muita satisfação e força para seguir com minha vida.
Irei aproveitar as férias de eventos grandes para atender escolas e continuar a escrever para que em 2023 possa ter novas obrar para apresentar a vocês com muito carinho.
Mais uma vez recebam o meu obrigada, e obrigada Deus.
Chá Comigo - Livraria dos Escritores GAEB
quinta-feira, 8 de setembro de 2022
A Abelhinha Meli - Livraria dos Escritores GAEB
quarta-feira, 7 de setembro de 2022
Chá Comigo - Livraria dos Escritores GAEB
sábado, 18 de junho de 2022
AISHA DO Medo ao Amor! - Livraria dos Escritores GAEB
sábado, 26 de fevereiro de 2022
A vida!
Cada dia mais percebo que a vida vale mais do que qualquer fortuna, vendo as pessoas na Ucrânia largando casas mobiliadas e provavelmente outros bens, chegando nas fronteiras e deixando os carros, pois só querem viver, viver mesmo que sem saber o que vem pela frente,mas tudo bem, irão enfrentar, e eu faria o mesmo. Na verdade nosso único patrimônio foi ganhado de presente e de presente que nos dado com amor se cuida e agradece todos os dias, é isto,nosso maior presente,nosso único e maior patrimônio é a VIDA!
sábado, 29 de janeiro de 2022
Kit 2 livros deste banner a escolher - Livraria dos Escritores GAEB
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