Cantata na Madrugada
Ninguém gostava de passar na estrada caminho da cidade, pela
madrugada e muitas pessoas nem pelo fim da tarde, isto porque na curva antes do
rio das almas, havia uma Tapera já bem em ruínas, e todos que por ali passavam
diziam ouvir uma música assombrosa! Tinha uns que chegava a dizer; que ao
atravessar a ponte do rio alma já começava a ouvir aquela musica estranha,
amedrontadora, e triste, parecia ser tocada hora por um violino, hora por
piano, mas era uma musica de arrepiar até para quem dizia não ter medo de nada.
Mas uns jovens não acreditando que ouviam falar, saíram em rumo a tal tapera,
mesmo ouvindo tantas histórias, e ainda falaram que iriam fazer parte dos
contos tenebrosos que ouviam, e que iriam era assustar as assombrações que
moravam naquela tapera. Enfim, foram eles todos cheios de coragem. O grupo se
formou em 13, não queria nem mais e nem menos que este número, isto já era pra
amedrontar as tais assombrações que viviam naquele lugar. Ensaiaram musicas
tenebrosas pra chegar lá cantando, e já imaginavam começar a cantar desde o
começo do pé da ponte que era pra tal alma penada ouvir e saber que eles eram
piores. E lá vão eles.
Até ofereceram para eles levarem, alguma réstia de alhos,
ferraduras da sorte e muitos outros amuletos, coisas que segundo os
supersticiosos afastariam o mal, mas eles falavam eu ser 13 já fazia medo em
qualquer alma penada. Saíram bem cedo, cada um em seu cavalo. As duas moças que
se juntou ao grupo foram em cavalos pretos e com os arreios vermelhos, os
homens todos em cavalos com arreios pretos e roupas pretas. Cavalgaram o dia
inteiro em estradas tão cheias de poeira que às vezes cobriam tudo e todos.
Já por volta das 18 horas chegaram a tal ponte, pararam deram uma
escutada no tempo e nada ouviram! Um que se intitulava líder, chegou a
perguntar: alguém esta ouvindo alguma coisa? Como um coro, todos responderam,
NÃO!
Como era combinado de seguir a partir Dalí cantando, e também já
haviam ensaiado as musicas de amedrontar, deram inicio a sua cantoria e
seguiram, os cavalos davam algumas empacadas, mas eles sorriam e diziam, até
eles estão assustando com as musicas.
Enfim chegaram a tal tapera, realmente tudo parecia assustador! As
paredes em total ruína, o telhado quase todo caído, e portas todas quebradas,
foram entrando e nada de musica aparecer, ninguém ouvia nada!
Saíram Dalí e foram pra cozinha, ou seja, o lugar que um dia foi
uma cozinha, e nada, foram ao local de um, de
dois, de três quartos, tudo destruído, e silêncio total, então
imaginaram e disseram, é... aqui nunca teve essa tal assombração! Naquele
momento tudo mudou como um passe de mágica, uma musica muito estranha e alta
começa do nada, e ninguém sabia de onde vinha, um piano velho, quebrado e todo
sujo, tocava como novo, um vento muito forte soprava por todos os lados,
apagando as velas que eles haviam acendidos, risadas escancaradas que
ironicamente seguia bem perto do ouvido de todos, luz de fogo atravessava de um
lado para o outro em forma de tochas, passando bem pertinho de cada um e de
cada uma. Os jovens que diziam não ter medo e ainda afirmavam ser piores do que
a tal assombração, só queriam ir embora, mas como? Primeiramente porque tremiam
tanto que jamais daria conta de andar, segundo era porque as tochas passavam
pelas portas com tanta rapidez que ninguém se atreveria em passar, também
contam que no meio das chamas e vento, surgiu uma linda mulher vestida de
vermelho, muito maquiada, e que ela sorria e chorava, sem parar de cantarolar,
ia rumo aos jovens como se a eles quisesse estrangular.
Contam se que entre musica e lagrima, ela cantou durante toda a
madrugada sem nem em uma palavra falar.
Como saíram dali, eu e nem ninguém sabe, só sabemos que aqueles
jovens se transformaram em pessoas humildes e de bom coração e que agora não
desafiam nada e ninguém, nem mesmo em um simples jogo de dominó.
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